Dra Valéria Dória - Ginecologista e Obstetrícia

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Mulheres de Rio Preto, SP, contam sobre adiar maternidade até 40 anos

Segundo os médicos, o ideal é que a mulher engravide até os 35 anos. Posso dizer que ser mãe é a coisa mais sublime do mundo, diz Marli.

Em tempos onde a mulher trabalha, tem diversas atribuições e dias lotados, cada vez mais elas são mães mais tarde. De acordo com dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), em sua última pesquisa, publicada em março de 2013, a proporção de mães mais velhas, de 30 a 39 anos, no Estado de São Paulo aumentou. Em 2011, 32,1% das mães tinham entre 30 e 39 anos, em contraste a 24,1%, em 2000. O aumento das mães mais velhas é mais intenso em São Paulo, onde a proporção alcança 35,4%.

Em 2011, a proporção de mães adolescentes, menores de 20 anos, foi de 14,7% no Estado. Esta proporção vem se reduzindo ao longo dos últimos anos, após ter alcançado 20,2% do total de nascimentos em 1998. Entre as jovens de 15 a 24 anos, as proporções se reduziram de 60,5% a 48,9% em 2011, principalmente depois de campanhas sobre sexo seguro.

Alguns riscos para o recém-nascido estão associados à idade materna, entre eles, a prematuridade e o baixo peso. No estado de São Paulo, a proporção de nascidos vivos prematuros, em 2011, foi de 9%, entretanto, esta proporção varia conforme a idade da mãe: é mais baixa entre aquelas de 20 a 30 anos e aumenta para as mães mais velhas.

Há muitos motivos que hoje levam as mulheres a engravidar mais tarde, mas geralmente é associada ao maior nível de instrução das mulheres, que vêm adiando a maternidade em função de melhores condições profissionais e econômicas. Foi o caso da psicóloga de São José do Rio Preto (SP) Ana Cristina Penteado, mãe aos 37 anos. “Esperei terminar a faculdade, priorizei meu trabalho e, como meu dia-a-dia era corrido, não pensava em casar e ter filho tão rápido. Foi só quando eu casei, aos 35 anos, que fiz planos”, comentou.

Para ela, a maternidade foi um período tranquilo, mas com algumas frustrações. “Eu tive diabetes gestacional, parei de comer qualquer alimento que tinha açúcar e o médico disse ainda que a minha placenta era baixa, mas me cuidei direitinho e tudo deu certo. Quando minha filha nasceu, perfeita, eu estava totalmente preparada para ser mãe. Acho que minha maturidade contribuiu para isto”, afirma Ana.

Já para a esteticista Marli Lúcia dos Santos, a gravidez tardia não foi uma escolha. Aos 19 anos, casada, ela tentou engravidar e não conseguiu. Consultou-se com diversos médicos e não encontrou problemas, nem com o marido. Aos 35 anos resolveu desistir. “Fiquei frustrada, parei de tentar, quase entrei em depressão. Meu sonho era ser mãe e, apesar de nada estar errado comigo e com meu marido, isso não acontecia. Não me conformava”, conta Marli.

Ao sentir tonturas e desconforto, aos 37 anos, Marli procurou um médico e descobriu que estava grávida. “Num primeiro momento não acreditei, fiquei muito feliz, realizada. Depois surgiram várias dúvidas porque já tinha 37 anos e poderia ter complicações. Mas fiz tudo o que os médicos mandaram e meu filho foi um presente de Deus. Sonhei muito com isso, foi a realização de um sonho e a não tem explicação o que passei. Só quem é mãe poderá entender”, diz a esteticista.

O que dizem os especialistas
Segundo a psicóloga Luciana Nazar Ramoneda, a questão financeira é um fator que influencia muito na decisão de ter uma criança mais tarde. “Um filho gera muitos custos ao casal, dar estabilidade a eles é sonho de todos os pais, por isso, muitos vão adiando”, conta.

Outro fator é a maturidade. “As mulheres mais jovens tem como projetos de vida atualmente a realização profissional, a estabilidade no casamento. Só depois pensam na maternidade. Quanto mais a mulher se conhece mais madura, a escolha de ser mãe assume corpo e forma, desejo e afetividade”, concluiu a psicóloga.

De acordo com a ginecologista Valéria Dória, a gestação tardia pode representar perigos ao bebê, como abortos, parto prematuro, diabetes gestacional e hipertensão. Há mais chances do feto desenvolver síndromes como Down, Edwards ou Patau. “As mulheres que engravidam mais tarde devem realizar um pré-natal com um obstetra especializado em gestação de alto risco, com especial atenção a essas patologias”, explica.

E quem decide engravidar mais tarde também apresenta outro fator, o de cada vez mais tardia, menores as chances. “As mulheres já nascem com os óvulos que terão para o resto da vida e quanto mais velho o óvulo, maior a dificuldade para engravidar e maiores os riscos, por isso é preciso muito cuidado e atenção”, conclui Valéria.

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