Dra Valéria Dória - Ginecologista e Obstetrícia

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Cisto de Ovário

Freqüentemente as mulheres sofrem um período de angústia, quando, após a realização de uma ultra-sonografia de rotina, resolvem abrir o resultado do exame antes de mostrá-lo ao seu médico e lêem, impressa, a informação de que existem pequenos cistos em seus ovários. Ora, na maioria das vezes, o que passa na cabeça da paciente é a trágica suspeita: "Estou com um câncer!"

A verdade, no entanto, é bem distante disso. O que geralmente aparece nas ecografias são os chamados cistos foliculares, que são benignos e não constituem qualquer anormalidade. Todos sabem que a mulher produz pelo menos um óvulo a cada ciclo menstrual, que seria a "semente", a célula da reprodução. Mas o que todos deveriam saber também é que esse óvulo amadurece e cresce dentro de uma "bolha" cheia de líquido na superfície do ovário. Essa bolha não é nada mais, nada menos que um cisto folicular no ovário, e toda mulher que ovula (isto é, que não usa anticoncepcionais hormonais e que ainda não está na menopausa) possui normalmente algum desses cistos em certo período do mês.

É claro, nem todos os cistos de ovário são do mesmo tipo. Mesmo assim, existe uma grande variedade de cistos benignos: cisteoadeoma seroso, endometrioma, cisto dermóide, etc. Eles não costumam produzir qualquer sintoma, exceto quando muito grandes, quando ocorre algum sangramento na época da ovulação ou se estiver associado a algumas patologias, como endometriose, casos em que pode ocorrer dor de diversas intensidades. Há também síndromes com alterações hormonais acompanhadas do surgimento de vários e diminutos cistos ovarianos.

Mas quando, então, devemos nos preocupar com um cisto ovariano? A seguinte lista indica quando devemos levar adiante a investigação de uma lesão (tumor) de ovário:

Levar a investigação adiante significa realizar uma ultra-sonografia mais detalhada e/ou fazer um exame de sangue, o CA-125, que mede o nível de uma proteína relacionada aos tumores de ovário mais freqüentes. Nesses casos, muitas vezes é necessário fazer uma cirurgia (laparotomia ou laparoscopia) para ver diretamente a lesão de ovário e, de preferência, retirá-la e enviar para exame anátomo-patológico, que definitivamente dirá se tratar de doença benigna ou maligna.

É claro, o objetivo dessas informações não é fazer o leitor descuidar da possibilidade de um câncer de ovário. Ele é o tumor maligno ginecológico que mais causa mortes, mas aparece com uma freqüência relativamente pequena, representando apenas 1,8% do total de cânceres em mulheres. Pode aparecer em qualquer idade, mas geralmente ocorre após os 40 anos, mais ainda a partir dos 60.

Infelizmente, a maioria dos cânceres de ovário é descoberta em um estágio mais avançado - justamente porque os sintomas são pouco importantes. Mesmo assim, até hoje não há medidas preventivas que comprovadamente funcionem para evitar ou detectar precocemente o câncer de ovário. Alguns médicos recomendam a realização periódica de uma ecografia transvaginal, especialmente naquelas pacientes com risco familiar.

De qualquer forma, seja qual for a dúvida, ou o tipo de achado da ecografia, o melhor é discutir com o médico, para decidir - com tranqülidade - o passo seguinte.

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