Dra Valéria Dória - Ginecologista e Obstetrícia

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Amamentação: como dar certo!

Basicamente, toda mãe pode amamentar seu filho. O sucesso desse processo depende invariavelmente do desejo da mulher, mas também da orientação e suporte de profissionais conhecedores do assunto.

Logo após dar à luz, salvo alguma exceção, a mulher produz o colostro e, após alguns dias, o leite “maduro”. Oferecer o colostro ao bebê é essencial, pois além dessa “fase do leite” conter elementos importantes para a saúde, ainda estimula a produção do leite e também a “pegada” do bebê. O “ciclo virtuoso” da amamentação faz com que, quanto mais o bebê sugue, mais leite seja produzido.

A orientação adequada é fundamental nos primeiros dias para que o bebê seja posicionado com a técnica correta e se evitem intercorrências como traumas nos mamilos (rachaduras) ou que as mamas “empedrem”. Quando a mãe consegue posicionar seu filho de forma correta, há a sucção efetiva e o ciclo de amamentação saudável e prazeroso segue.
A mãe deve estar relaxada e em posição confortável, pois as mamadas podem ser longas. Isso quer dizer sentada, deitada ou em pé – não há regra. O bebê deve estar apoiado no braço da mãe, de frente, com a barriguinha encostada na dela, o corpo alinhado com a cabeça e o queixo tocando o peito da mãe. A sucção efetiva ocorre quando a criança abocanha toda a aréola (ou a maior parte dela) e não apenas o mamilo. Faz parte desse processo inicial, que não é automático, o apoio profissional e também familiar.

Algumas mulheres chegam a pensar que seu leite é fraco, mas isso não existe. Toda mulher produz o leite adequado para seu bebê. O que acontece é uma variação na composição do leite do início para o final da mamada, especialmente na concentração de gorduras. Por isso, são usadas as expressões “leite anterior” e “leite posterior”, que se referem ao leite do início da mamada e ao leite do final da mamada.
Quando se interrompe uma mamada após um determinado tempo para “trocar de lado”, acaba acontecendo do bebê receber apenas o leite anterior de cada lado, que é mais diluído, menos gorduroso e que pode não saciá-la. Logo ele terá fome novamente, levando a mãe a pensar, erroneamente, que seu leite é “fraco”.

Não existe um tempo padrão para que o bebê mame em cada seio. Se a criança quer mamar de hora em hora, é provável que ela não esteja recebendo o leite materno suficiente ou não esteja mamando por tempo suficiente para ficar satisfeita. De modo geral, a mulher produz o leite apropriado ao seu filho e ela deve se adaptar ao seu bebê com relação ao tempo que deve oferecer cada mama.
Algumas mulheres podem apresentar mastite puerperal, processo inflamatório ou infeccioso da glândula mamária que causa dores vermelhidão no local, febre e grande desconforto. Em geral, dois fatores desencadeiam esse processo: o trauma mamilar, que é a porta de entrada para germes, e o ingurgitamento mamário (empedramento). Quando há a redução do fluxo de leite, é favorecida a multiplicação dos germes. Facilita este processo a queda de imunidade da mãe, acentuada pelo cansaço, pouco tempo de sono e estresse emocional típicos das primeiras semanas com o bebê.

O suporte profissional do ginecologista e do pediatra, bem como de enfermeiras e consultoras em lactação, são fundamentais para a fase de adaptação e dos primeiros meses.

ALIMENTOS E AMAMENTAÇÃO
De um modo geral, os alimentos que a mãe ingere não interferem na qualidade do leite materno. Entretanto, existem alguns que, em excesso, podem levar ao desconforto do bebê por causa de flatulência e cólica, como o leite de vaca, chocolate, café, amendoim, frutas secas, ovos, trigo, soja, peixe, feijão, batata doce e repolho, entre outros. Podem também causar reações alérgicas na criança, por isso, é importante que a mãe tenha uma dieta a mais saudável possível e equilibrada entre proteínas, carboidratos e gorduras e sem excessos.

Fonte: Febrasgo

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